terça-feira, agosto 15, 2006

eu me alimento de raiva

Fui muito boba, dei a maior mancada no fim de semana, mas agindo na maior das boas intenções, eu juro, o povo aqui é besta demais, tarado mesmo, ainda bem q não aconteceu nada, nenhuma insinuação, nenhuma grosseria, nenhuma desgraça, só mesmo a humilhão, ah, mas eu juro, pra nunca mais, me senti extremamente aviltada, humilhada, enganada, acham q sou uma "jacú" bicho do mato idiota, q cai em qq golpezinho baixo, gente, acho q eles precisam - literalmente - conhecer Goiás. Pq, fala sério, em terra de cego, quem tem um olho é Rei,


Para os meus colegas da Faculdade de Jornalismo, ou simplesmente para os goianos (alguns, nem todos).

As cidades do interior
lembro-me das cidadezinhas do interior, parece agora, q vejo agora, com suas casas simples, geralmente com terrenos cheios de plantas, jardins frescos, paisagem absorta, do noso sertão,
O horizonte largo, a rua da praça - onde homem fica de um lado e mulher do outro - a igreja, as calçadas, e tudo limpo, cheiroso,
Goiás é cheiroso, aqui tudo fede, até a Zona Sul fede, imagina o resto, não é esteriótipo não gente, eu vim conferir, se toda capital tem problemas? Claro, Brasil, mas pô, isso aqui é - sinceramente - o caos
Ainda bem q tem mar, sol e Zona Sul, Barra, região dos lagos (só as praias, não falo das cidades), e Chico Buarque de Holanda, ainda bem q tem ) Cinema Odeon (só filmes nacionais - cabeça - cada filme), ainda bem q tem a UFRJ, a UFRRJ, a Uerj, a PUC, a UFF, e alguns colégios,
Ainda bem q tem o Sindicato dos jornalista (a Júlia é um encato),
Ainda bem q tem a Ponte Rio-Niterói,

Sei lá, ...

Acho que tudo o q está acontecendo de ruim (e está mesmo) é só uma fase pra depois quando acontecer o q espero, q eu seja fiel eternamente, e eu o serei, completa o totalmente fiel, e vcs sabem a q: jornal, jornal, jornal (mas não é qq jornal nê, fala sério)

O povo aqui é bobo demais (talvez porque eu esteja ainda mexendo com a pior parte do Rio, com cada barraco, cada concepção, cada "visão de mundo", q é difícil).

Eu me alimento de raiva, sexta-feira dei logo um passa fora em um problema q tava me atormentando deste q (...).
Ainda falta mais um outro problemão pra resolver, e esse eu terei q ter sabedoria, dar metade de um passa fora agora - tipo daqui a uma semana, ou daqui há 3 dias - e guardar a outra metade do passa fora p dividir novamente e soltar depois, tipo um mês. Mas tá difícil pq as pessoas aqui têm valores intertidos, se vc se irrita com uma humilhão é vc q está errado, vê se pode, ah...
Sou passional por natureza, queria mesmo, de verdade, do fundo do meu coração, era chutar o balde, sabem, mandar tudo a merda, falar tudo o q penso, mas não posso, ainda não posso, agora, o q eu não entendo e nunca - mas nunca mesmo - vou entender é pq tem tanta gente ruim no mundo, vai ver q é pra qualificar os bons, só pode ser, (os outros passarão, eu passarinho)


Acho que não sei se me alimento de raiva, não eu sinto raiva, mas me alimento de amor, é isso, amor pela humanidade e por tudo q é bom,
é isso

O q quero? Não quero poder, nem dinheiro, nem status, nem badalação, não quero presente, nem jabá, nem nada, nada, nada,
vai tudo pro inferno, eu quero é jornal (...), eu quero é jornal (...), pq amo, é pra isso q vim pro Rio, e gente, não sei qual é o estranho poder q jornalista dá as pessoas, pq pra gente a gente não é nada não, a gente é trabalhador intelectual, pseudo-intelectual, ou não?
É pra pagar o pão mesmo, é pra pagar o aluguel, é pra andar de ônibus, e quando a vida melhorar - um carrinho tá bom, mas é só meio de transporte pq as pernas nãos aguentam e a gente sua e tem chuva e tem sol, pq se eu tive asas (de verdade), fala sério q eu queria carro, eu só quero jornal, só vim pro Rio pra isso, pq q diabos ninguém acredita, tô com uma raiva de tudo, vai passar, sei q vai, mas agora tá doendo demais, vcs nem imaginam,
Olha, pq a gente ama tanto essa profissão fdp eu não sei, vai ver é pq ela dá o engano q as outras não dão e q o ser humano tanto deseja (todos os seres humanos, por favor não mintam nem se omitam), q é L I B E R D A D E

domingo, agosto 13, 2006

Para os meus amigos - colegas - da faculdade de jornalismo

Gente, eu tô pê da vida, tô muito asustada e, falo, principalmente decepcionada, essa cidade não é nada do q eu imaginava, o povo é muito - mais muito - promísculo, parece q respiram sexo, as mulheres então, nem se fala, umas (...). Até agora não consegui ver o q vim ver, cadê as pessoas q eu tanto procuro. Estou com medo de não achar,
E o jornalismo então, só p (...), mesmo, não falo dos grandes jornais não porque esses ainda não tive oportunidade de entrar, tô falando dos pequenos,
A cidade enfim é dividida em territórios, a gente tem a péssima impressão de q tudo tem dono - porra e se de repente, mais q de repente, vc não vai com a cara do dono ou se briga com o dono ou se não quer mais saber do "esquema", qualquer q seja esse esquema,
Não estou feliz, nem um pouco, ando triste, a impressão é que a gente não pode confiar em ninguém, todo mundo parece mentir o tempo todo, não são bons não (bom de verdade é a gente da roça mesmo), são malandros, safados, corruptos, mentirosos, pilantras, falsos, enganadores, usam as pessoas na maior, como se isso fosse muitíssimo normal,
Eu particularmente só quero trabalhar, e não posso, só queria isso, um jornal,
Tenho um profundo ódio de gostar de escrever, não queria gostar, não queria achar q tenho algum dom, não queria mesmo, seria mais fácil a vida assim, talvez,
Porque - quisera eu saber - jornalista tem de sofrer tanto, porque a gente tem q passar tanta humilhação,
Humilhação é a palavra, pq o mínimo q se pedi - o mínimo - é respeito, e só um pouquinho de respeito nê, fala sério, pq a gente já ganha mal, já toma chá de cadeira, já leva palavrão na cara, e a gente aguenta na boa, mas tem umas coisas q não dá - literalmente - p aguentar, é uma questão de honra, entendem, questão de honra,
Espero estar melhor amanhã, ainda bem que o Rio tem o sol e o mar pra enganar a tristeza e a feiura dessa cidade, amanha o sol nasce de novo - ah, e detalhe - nasce pra todos, há de nascer pra mim tb,
ah, para os meus amigos da faculdade, uma declaração puríssima de amor, aprendi a amar o jornalismo com vcs durante esses 4 anos pq foram vcs q me deram a força de amizade q eu precisava, estamos no mesmo barco, somos trabalhadores, e jornalistas D I P L O M A D O S - e apaixonados, ainda q a paixão esteja a mingua, bjos, eu os amo da melhor e mais honesta maneira possível,

sexta-feira, agosto 11, 2006

hoje

Não sei exatamente em que rolo eu estou me enfiando, mas a questão é: já estou na chuva, o jornal é chuva, o Rio é chuva, os relacionamentos são chuva, ainda bem que eu já tomei muita enxurrada, ainda mesmo.
Enfim, as fotos daqui das praias não significam nada porque se o sol brilhava, nada do outro lado brilha, sei lá o que vou fazer, nunca sei.
Ainda nem peguei direito nos livros, mas a prova é dia 19 de setembro e a mamãe pensa que eu tô morrendo de estudar, e verdade, tô nada, nadinha.
Sempre - como toda boa brasileira - deixo tudo para última hora, até isso;
Tudo muito nebuloso, obscuro, sei noção; mas eu sou sem noção as vezes, muitas vezes,

quinta-feira, agosto 10, 2006

Continuação da última postagem, só um lembrete.

Ah, detalhe, não pense que o texto - Para você - é pra vc, porque não é mesmo, é para outra pessoa; fala sério, esta força de que falo é imensa, vc ainda tem que "comer" muito feijão, tem que fazer coisa demais, para ter um décimo do poder que eu cito no texto, tenta, quem sabe um dia vc chega perto,

O café e a Elis me enganaram. Agora vou ouvir Maria Rita e tomar chá.

Porque você gostava da Elis como a minha mãe gosta e gostava de café como o meu pai gosta. Só me pergunto – atualmente – qual era o motivo, se era real ou se delírio. Acho que comecei a te amar – ainda que eu procure pessoas e não fantasias – neste fato, ainda que eu o negue sempre, sempre, sempre.
Digo que é a força, a tua aparente força, que me fez amá-lo;
Mas não, de verdade?
Ah, não, de verdade é a confissão da fraqueza, – dizem: as mulheres amam a fraqueza dos fortes. A confissão da fraqueza dos fortes. Acho que comigo é assim também.
Mas voltemos a Elis e ao café. Porque naquele dia – o segundo dia – você falava que, se ela perdesse a voz, deveria morrer. Eu o amei incomparavelmente porque vi nas tuas palavras a reflexão de um espelho das idéias das quais eu acreditava. Porém, pensando agora, torpe ingenuidade a sua, porque – creio eu – a própria já sabia disso, já antevia o futuro, tanto que o procurou. A morte não é a preocupação porque – tolo você –, morte não existe, existe passagem. (Não pense que estou mais crédula do que já sou, não é isso exatamente).
O fato, sempre o fato: De nada adianta a constatação ou o desejo ou a vontade ou a gana sem o porquê de tudo isso acima descrito, o motivo é o principal de cada fato em particular. Acaso a morte seja encarada como revolta, como luta de uma não impossibilidade qualquer da arte, ainda vá lá; acaso a morte seja o mero e desinquieto capricho de um fã que nem sequer vê que a grandiosidade da arte também está nas fraquezas humanas de todo artista, isso não. E eu que confundi as coisas, que pensei docilmente na segunda possibilidade de compreensão das suas palavras.
Enfim, ao café. Acho que quero parar de tomar, sei lá, acho que quero realmente parar. Vou pensar nisso sistematicamente esse próximo mês. Acho que você também deveria pensa-lo. Afinal, o motivo.
Queria saber porque a gente está sempre inventando espelhos para nossas angústias tão particulares e negando – súbita ou paulatinamente – a essência dos outros.
Acho que olhando o mar eu consigo ver outros espelhos mais, digamos, físicos; quero entrar nos espelhos, esquecer da minha própria pessoa para me achar porque já cansei dos espelhos invisíveis que carrego dentro das minhas malas, está muito pesado, ando cansada, então, vamos fazer o seguinte: não sou saudosista, por hora, enquanto a gente não decidi quem fica com o quê, deixo tudo pra você, sou mais leve, vou ouvir Maria Rita e tomar chá.

esclarecendo

Não estou "surtada", não estou "fumando", não é nada disso. A única coisa que alucida e completa - a meu ver, no tocante a minha pessoa - é escrever. Experimentando estilos tenho a sensação da qual preciso para ver a vida sob outros ângulos, sou, na realidade uma fraca, confesso. Mas escrever me tira - ou até coloque - o "prumo", compreendem???????
Então, as claras, é só isso.
Portanto, cada dia estou de um jeito, em uns, a fim de fazer análise, em outros, a fim de dar a cara pra bater, em outros, só de bobeira mesmo. Porém prometo, em breve vou classificar links, pra não mais misturar os assuntos, nem coisas pessoais das profissionais, o que quero agora é entender melhor a tecnologia, ando com uma preguiça disso.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Para você

O simples fato de você existir me proporciona a sensação de força, da qual é terminantemente irresistível me livrar, e se obriga – por si só – a me auto-impulsionar, lançando-me ao mundo de maneira crua e necessária.
Não que eu já não soubesse o que fazer e como, mas a questão é: a hora adequada.
Apesar de ter crescido ouvindo Vandré – em vários dos vários bolachões, nas mais diversas vozes, de Chico, a Elis, ao próprio Vandré – sou, como dizem, mais uma das tantas (e tantos) filhas da década perdida;
Sei que você pode estar aí sem entender absolutamente nada;
É uma situação, a mais provável. Você não entendendo absolutamente nada. Até posso vê-lo, posso perceber a sua cara de desentendido, compreendo. Mas o que quero dizer é que eu não acredito, não acredito, nunca acreditei.
Não que eu seja fraca, sou forte; e sou teimosa, encaro, brigo, na boa. Mas, como te disse; não acredito, acho que para acreditar a gente precisa manter a alma jovem, a minha – nesse quesito particularmente –, já envelheceu há anos.
O que acredito? Que não há nada a crer, assim de verdade, assim de verdade. Então, hoje – e acho que até antes, até sempre – discordo de Vandré; quem sabe nunca fez a hora, nem aqui, nem em qualquer outro lugar vivível neste planeta.
O fato de eu – intimamente – discordar da veracidade não me tira o prazer – quase infinito – de ouvir e de sentir o quanto os conceitos universais cantados por Vandré são necessários para a humanidade;
e de continuar ouvindo de levinho.
Mas voltemos ao assunto inicial: essa é – em sua totalidade – uma declaração de amor, ou melhor uma declaração única e exclusiva de merecimento de amor. Sim, você merece, e como merece.
Quero que saibas, quero que saibas, atualmente experimento uma sensação inigualável. Estou no Rio. Não estou no Rio. Estou no Rio. Não estou no Rio.
Já acreditei, por parcas – parcas, muito parcas vezes – já acreditei. Concordo que o ser humano se auto-refaça da força existencial, chegando a visceral – alguns dizem; a tal cumalina que fica centrada na boca do estômago, o ponto ápice, o ponto físico do corpo; e concordo que esse ponto físico forte dá força ao psicológico.
Penso que os profissionais – ou quaisquer seres humanos – que se projetam e se destacam são aqueles que conseguem manter uma dose necessária de força psicológica. Mas, Drummond já dizia, os delicados preferem morrer mais cedo.
Enfim, decidi acreditar – ao menos por hora – em algum coisa, e gosto disso;
Vamos ver no que isso – essa “futura” ou “atual” ou “sei lá” qual, crença – me proporciona.
Hoje vou é ao cinema, ver Zuzu Angel, aí sim, amanhã, amanhã, amanhã, o sol de novo, mas com uma nova crença, digamos, mais condizente com o Rio, e desta vez, pra mim, ou pra quem quer que seja, para refletir energia pura,
Ah, não postei esse texto ontem, vou faze-lo hoje;
E hoje, depois do Cinema, depois de todas as canções; descobri que esse texto é parte-mentira; na verdade eu acredito e quero acreditar, mas é que a gente vai ficando no caminho (você sabe tão bem), vai ficando triste no caminho, vai ficando sem fé e meio morno; mas qualquer resquício de força transforma, e ontem, com Zuzu, fica a canção que dá força.
Não agüento, confesso, linda, linda, de novo: (...) Porque eu sou inteiro amor, da cabeça aos pés (...).

Porque sou inteiro amor, da cabeça aos pés

Porque sou inteiro amor, da cabeça aos pés (...)!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Porque sou inteiro amor, da cabeça aos pés (...)!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Porque sou inteiro amor, da cabeça aos pés (...)!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Zuzu Angel: Ontem, 18:30 h, Cinema Odeon, Rio de Janeiro (o Rio tem sim o q eu procuro, só q ainda não achei, é uma questão de tempo, só tempo).

Ainda não sei bem o que falar porque preciso de tempo para digerir, ainda não posso falar de catarse porque se chorei em grande parte do filme - e fala sério, confesso, chorei muito, muito mesmo - não posso chamar isso de catarse propriamente dita; visto que "a gente sabe porque chora", e em Zuzu eu sabia,
Catarse é a surpresa tão proposital que vc se entrega sem querer porque vc já não agüenta mais, é algo mais físico do que psicológico, é quando a cabeça surta, você "entra" no filme, sem saber que entrou, sem querer, (visões pessoais, particulares).
Mas esse lance de chorar, volto ao início, os psicólogos - alguns - (a gente, que já estudou com o Lisandro, os tais textos de psicologia), dizem que a gente sabe porque chora, e, se analisarmos friamente, antes de nos jogados - de corpo - nos filmes, antes de sentirmos uma vontade imensa de adentrar a tela, de rasgar ok telão do cinema, de vermos as personagens - antes disso, se pararmos para pensar - assim bem de leve - acho que a gente (infelizmente) sabe porque chora; então não pode ser catarse;
ah, como ando sem graça com essas constatações (...)
Sem graça ou não, melodrama ou não, dociliadade ou não, verdades ou não, plástica ou não, atuações brilhante e/ou outras nem tanto;
Zuzu Angel já vale por si só pra relembrar aos homens o que os próprios homens são capazes de fazer com os direitos humanitários, simplesmente aboli-los,
se fica a dor, também fica a canção (...)

(...) Porque sou inteiro amor, da cabeça aos pés (...)
Talvez a canção seja melhor do que qualquer orgulho válido, belo, real e utópico - e eu tb o tenho, e como - que a gente tenha de alguns daquela época, porque na pior das hipóteses, todos - absolutamente todos, mas todos mesmo - querem, no fundo, ser somente e inteiro amor, só que muito poucos o conseguem fazê-lo.

terça-feira, agosto 08, 2006

Quintana sempre

Ainda que eu tenha todo o conhecimento, sem sentidos não me é possível transformar nada em arte, só os verdadeiros sentidos transformam. Acho que Quintana, sempre, sempre, sempre,
Então não há como fazer arte em texto se somos só um sentido metade, tipo, só um pouco, tem que ser inteiro, ser completo e sem real, não pode, em hipótese alguma, ser de mentira, ainda que a mentira seja uma das nossas clientes, ou esteja a nos namorar, a nos paparicar, a nos olhar, que ande pelas beiradas das nossas portas entreabertas, fechadas fracamente,
Mas o foco afinal? Inteiro sentidos, inteira preocupação, inteiro compremetimento, inteira responsabilidade social, inteiro 100%, 99%, um milhão por cento, não dá - em absoluto - pra ser o contrário.
Ode a Quintana, dá-lhe;
pra vcs e pra mim;

segunda-feira, agosto 07, 2006

texto, focar, focar e focar

O fato é focar, focar, focar, focar, se é assim, fazer o que, paciência
As vezes - muitas vezes - muitíssimas vezes - me pergunto realmente o que quero fazendo jornalismo, não tô falando da grana, de pagar as contas, de trabalho, de emprego, nem de fama, de, de, e mais de.
Não é isso, tô falando exclusivamente do texto, o texto e so e somente ele, isso é que me preocupa.
Afinal, o que fazer??????????????
??????????????????????????????
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esses pontos vcs multipliquem mil mil cada um
O que fazer afinal?????????????????
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Eu não sei, acho que sei, mas não que - na realidade - enfrentar o tal problema que é um problemão pq ninguém sai de uma faculdade, sem "QI", sem grana, sem família, e se dá bem.
Mas a questão principal não é, digamos, particularmente, se dar bem, porque, na real das verdades, nenhuma dessas coisas vale ou se sustema sem o texto, e o texto, sem seu estilo próprio e singular,
envergadura política, consistência, abstração, narração, o que é o algo mais que faz um texto ser lido e outro ser esquecido.
Isso é o mal de todos os meus dias, o texto, porque eu sinto - sei disso - que me é necessário retirar toda minha possível veia artística - ainda não vislumbrada - de um texto, e colocar toda a crueza,
vê-lo sem entraves;
mas é difícil demais, porque sem a arte, textos ficam meramente objetos, e objetos são descartáveis, não enaltecem nem permanecem, ficam só jornal, não fazem um nome. Como trabalhar um texto de maneira tal q ele - e principalmente ele, e somente ele - seja o mais elaborado cartão de visitas,
e não a sua cara, a sua educação, os tais seus "QIs", o tal dinheiro, e o resto do monte de etcs q existem por aqui e vão se acumulando ao longo do tempo em uma série de minutos, parcos entre um café frio e outro mais frio ainda.
Enfim...
Acho que é preciso controle emocional para conseguir - sinceramente - se preocupar com os problemas do mundo, senti-los e transformar indignação em texto, mas respeitando a dor alheia, de maneira tal q não a transformemos em um simples melodrama barato de folhetim (nada contra os folhetins).
Bom, feito esse quesito, é preciso - ao menos agora vou tentar desta maneira - priorizar,
é aí que entra a disciplina, a parte mais difícil para a minha pessoa. A insuportável presença da disciplina,
mas, se é para o texto, eu faço um sacrifício, vou começar a organizar as idéias, otimizar o meu tempo,
Então, organizar os fatos, primeiro os conceitos históricos e políticos, depois, os artísticos-culturais, depois as notícias imediatas,
Concomitantemente, as histórias pessoais,
Neste tempo, organizar os meios a serem captados essas informações. Rádio, jornal, TV, revista, internet, conversas, folders, paisagens,
Depois, abstrair, abstrair, abstrair e abstrair,
Só que por vezes surto, troco a ordem, não sigo os horários (eu com horários, principalmente os meus, complicado, muito complicado...)
Aí é que falo que as coisas vão mal, não consigo, por vezes, ordenação, misturo tudo, e vou misturando, e vou misturando e misturando, fala sério, é complicado mesmo.
Bom, mas vou tentar tudo de novo,
Dois meses de Rio, dois meses e meio de Rio, acho que, muito em breve, farei uma grande mudança, tenho medo, mas tá tudo OK.

sexta-feira, agosto 04, 2006

"escrever é necessário, viver não".

Estou bêbada, não caindo, mas estou molinha, minha cabeça está doento há horas, é uma dorzinha leve, mas não boa, é ruim. Acho que é por causa da insônia que tem me perseguido de umas duas semanas pra cá. Descobri, ou melhor estou, descobrindo, que não sinto mais nada, que não estou mais apaixonada, que me desprendi completamente, que o meu amor chama-se sempre - espero - jornal,
porém o prazer possibilitado me é inalcansável, compreendem?
Mas não é assim também digamos qualquer um, nê.
É um sonho de perseguição, é um estilo específico, é muito - absolutamente - muito maior do que qualquer coisa, descobri descobrindo que preciso digo pra continuar respirando.
Nada hoje me é inalcansável pelo pensamento que flui incandeando a priori,
como sol que gela os ossos em cada partida, sinto a possibilidade da partida, que é sôfrega, porém necessária, é uma realidade,
O espetáculo já se foi, não sei ou certo, acho que nunca, acho que nunca,
porque hoje eu estava pensando particularmente nessa questão do espetáculo e da decadência do real e dos valores, mas afinal o que é real, o que se auto-intitula real?
Porque o real na existência pode não ser na essência,
porque o real simplesmente não existe sem a auto-imagem o que é mentira,
O mundo prefere a mentira, vangloria a mentira, inaltece a mentira e ridicula a verdade, o que piora é o fator externo das coisas que não nos cercam solidamente,
Concretamente nos cercam, estão ali, sempre a nos atormentar,
Sempre nos perseguindo, levando as últimas conseqüências tudo o que é permissível,

Tenho andado a procura, tenho andado a procura de espaço, em um espaço que é enorme, que é o Rio de Janeiro, que é abolutamente incomprensível, não sei se o que eu procuro está longe, mas espaço é essencial
Quero respirar, me sinto sufocada, absorta, comprimida entre os pedaços de asfalto existentes,
O espaço do Rio - descobri - me é superficial porque estou a deriva, e não gosto de estar a deriva, não gosto da sensação de saber - ainda que eu minta pra mim mesma e quase sempre faço isso, minto pra mim mesma, e não pros putros, deveria era fazer o contrário - que estou prestes a enlouquecer ou a me auto-abandonar, é uma coisa esquisita,
Porque eu vou deixando fluir, acho que só pra escrever, acho que só pra acalmar, acho que só pra sair do prumo, pirar, deixar literalmente fluir.
Ainda que saiba que é necessário, que determinadas coisas são descargas mentais, eu simplesmente recuso,
me sinto uma observadora de minha própria vida e não dona da minha própria vida, por mais que procure - e sempre procuro - viver de acordo com o que eu acredito, é que o que eu acredito simplesmente não é aceitado de forma coerente, "Será que tudo que eu gosto é imoral, é ilegal, engorda?
Sei lá, penso que não (...)
Enfim, escrever é necessário, viver não.

quarta-feira, agosto 02, 2006

entregue?

Sei que não sou de ferro, sei que não detenho o controle, mas, particularmente, detesto,

Simplesmente detesto, a sensação de estar nas mãos dos outros, de precisar - ou de sentir que preciso - de alguma proteção ou segurança, essa sensação me é apavorante, não gosto - literalmente - de sentir que estou a mercê.
Ando descobrindo que "todos" sempre estamos a mercê e temos de aprender a lidar com isso, acho que o tal de "lidar" é que é complicado, é a fatal ansiedade, que tanto me repugna.
Dois meses de Rio, aprendi - na marra - que o que eu quero simplesmente não existe não existe em qualquer lugar existente do mundo e eu tenho que aprender a lidar com isso, acho que o professor Lisandro estava corretíssimo, eu devo ir fazer análise, assim que o dinheiro der, o farem, com certeza.
O complicado é "curtir" em meio ao caos, não consigo,
Deveria conseguir, mas me é inacessível, inviável, incompreensível,
(...) me acho velha para ainda ter crises existenciais destes modos, só que fazer ?
O fato é assumir se eu realmente acredito nas coisas que eu digo - repito - que acredito, se eu me forço a acreditar porque não tenho as coisas que o mundo proporciona a outrens, se eu quero acreditar por simples glamour narcizista de pseudo-intelectual, se eu preciso acreditar para continuar vivendo, ou se somente me martirizom isso porque preciso de uma certa dose cotidiana de dor pra continuar - acho que preciso, sei lá - escrevendo o que gosto de escrever, mantendo o meu estilo próprio de cuidar do meu texto. A mamãe sempre dizia que eu não precisava sofrer tanto, que eu não precisar fazer loucuras nem pra mais nem pra menos, nem me abster de coisas simples e prazerosas por medo da minha escrita desaparecer no meu sono, assim como de repente, sem avisar, tenho um profundo medo disso,
Acho que de todos - todos - os meus mais suaves e convenientes medos, esse é o mal que me afeta, que me cerca, por ele, para me livrar dele, faço - absolutamente - qualquer negócio, lícito ou não, vício ou não, paixão ou não, doença ou não, fuga ou não, coerência ou não (...).
Tenho medo de repente descobrir que daqui há 50 anos não gosto de nada que escrevo, e ter passado a vida procurando massacrar meu texto, como um exercício diário ineficaz, se o grande fato apenas seria - para o meu texto, e somente, quase que exclusivamente pra ele - simplesmente fluir muito mais, ficar muito mais a mercê, a deriva, a solta, entregue (...).

terça-feira, agosto 01, 2006

sinto falta...

Não sei se - caso eu estivesse ganhando dinheiro ou estivesse trabalhando em um lugar legal, que eu considerasse jornalismo na íntegra - eu sentiria o que estou sentindo, mas a verdade é que eu acho que sentiria sim, com toda certeza.
Sinto falta de abraçar alguém que eu saiba que é sincero, não falo de amor físico, tô falando de amizade mesmo, aquela descompromissada, independente, solta, livre, entendem?
Acho que abraçar o mar não é a mesma coisa,