sábado, julho 29, 2006

É.......... (...)

É sábado, com cara de domingo, estou de paletó e calça de moleton - adoro paletó - e está fazendo frio, só um pouco, mas está. Se bem que isso é relativo pq estou no Rio e tb porque sou friorenta por natureza, então essa coisa de frio - em mim - é algo completamente relativo, até as vezes acho que, psicológico.
Comprei A Sociedade do Espetáculo - comentários sobre a sociedade do espetáculo, ontem. Na Livraria da Travessa (apropósito, sempre quis entrar naquela livraria, ficar lá só curtindo, só delirando, é linda, é muito bom, é um imenso prazer - absolutamente tudo de lá).
Bem, agora tenho que, literalmente comer esse livro, e a paciência?????????????
Acho que o simples fato de eu saber que eu tenho essa obrigação me retira qualquer prazer que eu possa vir a ter. Essa história de obrigação previamente pautada me deprime, mas convenhamos, acho que também tem lá uma alta - uma altíssima - dose de medo. Tipo: pra quê vou fazer tudo isso, se não vai dar certo? Eu podia tá é curtindo o Rio, tá indo mais pra praia, tá saindo mais (se bem q anteontem eu parei num bar pra beber, mas foi só dois básicos chops e já fiquei querendo ir embora porque a culpa me persegue no seguinte pensamento: deveria estar em casa lendo, deveria estar em casa ou em qualquer lugar simples e completamente absorta em meus livros, nem um pensamentozinho me é possível de escape, complicadíssimo).
Não queria que fosse assim, mas não o que fazer direito, se eu não ler - compulsivamente - até o dia 19 de setembro, sei que não ficarei bem comigo mesma, sei que não, então resolvi jogar no lixo as outras coisas, até 19 de setembro. Farei tudo calmamente, procurarei o que já estou procurando, coisas profissionais; seguirei os horários e os compromissos, todos; caminharei na praia como planejei, essa parte não sei se dará muito certo porque vcs sabem, não sou boa com isso e a preguiça não deixa, mas tentarei; pra aliviar a tensão; continuarei lendo os jornais, vendo telejornais e ouvindo notícias no rádio; mas focada nestes livros, eu juro, vou ter disciplina (oh, dificuldade, oh preguiça mental de só pensar em um assunto).
Acho que essa é a parte mais difícil, focar. Porque ler é fácil, é uma delícia, é um dos meus maiores prazeres, eu não consigo ficar sei, me alivia, me acalma.
Mas focar, centrar, não permitir que a cabeça simplesmente voe, q o corpo esteja aqui no Rio e q a cabeça esteja anos luz - aquém ou além - em outras cidades, em outras situações muito diferentes das que vivo aqui, isso é que é complicado.
Talvez o blog esteja me ajudando - acho que sim - porque descarrego, tipo, hora de blogar é hora de pensar no que quiser pensar, nos sonhos, nas saudades, nos desejos, mas só na hora de blogar, depois chega.
Ah gente, a hora de blogar está acabando e eu tenho que ir pra casa,
E tenho que ler A Sociedade (eu já li pra monografia, é muito bom).
prometo, vou me policiar, vou ler e depois venho aqui fazer um texto e vcs vêem o que acham, é isso, isso me parece uma idéia bem legal, damos ver se dará certo, espero (...).

quinta-feira, julho 27, 2006

ouvindo

Não sei bem o que pensar sobre determinadas coisas, e é estranho o estranho poder que as claras definições de poder excercem sob a psiquê humana, acho que é inevitável não fazermos comparações e não buscarmos resposta quando estamos, digamos, com a pulga "atrás da orelha". O fato é que "o fato" eu estar preopada não me tira o desejo de pensar, de divagar, bem no limiar do impulso, do primeiro impulso psicológico que me retira todas as convicções - todas - e me faz voar enquanto vou só seguindo o rumo do vento e do som, dos barulhos daqui,
É freqüente não me preocupar com os barulhos, mas o que mais quero - sinceramente - é entrar de cabeça nos meus silêncios e contempla-los, ouvir os meus internos e próprios barulhos, fazer dos barulhos externos algo completamente digerível, que não me perturbe jamais, que pareça - simplesmente - longe.
Portanto, a necessária barreira - absolutamente necessária, eficaz, eficaz??????????? - entre o mundo e eu.
Mas eu mesma já estou é louca pra olhar o que há do outro lado da barreira, tenho pensando, acho que penso demais, e por vezes penso de menos - em literalmente abolir a tal barreira que ultimantemente construi, mas é quen sei lá, enfim, penso em fazer algo.
Escuntando música, qualquer música,

quarta-feira, julho 26, 2006

Queria ser de azul

Busco o azul, anseio pelo azul, mas a minha normatização particular não me permite, porque se hoje me sinto branca, de um branco doentio e melancólico - que sangra na ponta dos pés, que retira todo o sangue do meu corpo pelos poros dos meus pés - se hoje sou branca de um gelo morto e meio absorto - não sei ser azul.
Cada vez que penso no azul do céu e apaixonado pelo azul do mar daqui, vejo o lindo que é o azul, de uma espécie de entrega, de liberdade absoluta - se é que isso possa existir neste planeta - mas, o fato concreto: o vermelho persegue o meu coração como um lobo faminto e louco pq sou inteiramente passional, ainda que por vezes eu vá escondendo meus próprios pensamentos até de mim mesma,
Então, fico entre o vermelho absoluto e o branco impositor, mas eu queria mesmoo era ser inteira azul.
Acho que tenho de tirar o branco ou ao menos minimizar o branco existente,
preciso faze-lo, mas não sei como,
Imagino o meu corpo sugado por todo azul do céu daqui, engolido pelo azul do mar daqui, correndo entre as inconstantes e inexplicáveis ruas do Centro com esses prédios que parecem masmorras antigas e que exercem sobre a minha imaginação um fascínio de descobrir todas as histórias das pessoas que por vezes ali moraram e que já estão nas outras encarnações, mas assim mesmo imagino pq gosto,
Se - quando posso - minha cabeça voa entre tudo quanto é pensamentto aburdo vou saindo do Centro e descendo as ruas, meu corpo - vermelho e branco, e não azul - passea - sem ser visto - por entre as ruas contrárias as ruas da zona Sul do Rio. É algo de - e não ao - de, de encontro com as minhas ambições particulares, todavia inevitável, vou somente deixando, é mansinho.
Mas, ah, como eu queria ser de azul, é agora não queria ser somente azul, queria sinceramente ser de azul

segunda-feira, julho 24, 2006

Clausura

Enfim, a clausura. Enfim, o fim da tempestade. Reconheço que estou a mercê, muito a mercê, e isso me apavora, não gosto de sentir q estou - literalmente - nas mãos dos outros. Acho q o início é inevitável, porém, sou tensa por natureza, e não consigo, sinceramente lidar com o q não sei. Só o recolhimento me dá algum conforta, pq nestas horas, a meta é o reencontro comigo, a abstração absoluta de qualquer meta, queria ficar leve como passarinho ou folha, cair ou ser de forma a adequar minha clausura ao meu eterno desejo.

domingo, julho 23, 2006

1000% de tensão ou 48 h por dia em um dia de 24 h

Não adianta mesmo, eu sou - literalmente neróutica (ou masoquista), como queiram.
Ontem tava feliz, uma coisa morna, doce e suave parecendo mel. Mas acontece que de repente, não mais que de repente (clichê puro), fiquei péssima de preocupação hoje. Queria saber de onde essa inquietação aguda, pq só pode ser doença mesmo. E das graves. Fiquei mal, tenho andado mal, acho que meu bem estar de ontem era só um disfarce do mal estar eminente, porque ando louca da vida - de raiva - com um monte de coisas. Queria só um pouquinho, mas um pouquinho mesmo, de paz - acho que peço pouquinho e Deus me dá pouquinho - mas nada, fala sério.
Aboli - literalmente - o medo, precisava falar, ou melhor, escrever. Não dá mais, medo já era, amanhã, com certeza, vou fazer uma loucura.
Mas (...), tenho de por tb, um esparadrapo na língua, tô falando demais. Pq que jornalista fala tanto, pq que a gente simplesmente não consegui ficar de boca fechada, quando tá feliz, fala, quando tá triste, fala, quando tá com raiva, fala, quando tá com medo, fala. É vício, vício mesmo. Pq que que eu não fico calada, mas não. Acho que o Fellipe falou tudo, cadê a Paula de sempre, o que houve, que história é essa de dormir com o mar, também tava - Fellipe - cansada daquela platonise, daquela morosidade lacônica, meio a deriva, quase submersa, talvez deva agir mais e pensar mesmo (o que realmente representa um perigo), mas convenhamos. O fato é que, pra falar a verdade, ontem estava toda docinho, hoje - há três horas - um balde d'água caiu na minha cabeça, e despertei, assim de repente. Hoje faz dois meses q estou no Rio, e precisava parar de dormir acordada, aconteceram umas coisas ruins, tipo trabalho, aconteceram umas coisas boas, tipo pessoais, mas que na realidade eram enganação, tipo tô dormindo acordada de novo.
A verdade é o fato: estou no Rio, sejemos práticos, o q isso me proporciona e afinal, estou aqui pra quê mesmo. Não estou aqui de bobeira, até pode ser - admito - que eu esteja fugindo, é provável, mas é uma fuga de certa maneira construtiva, já que estou aqui pra tentar me transformar naquilo q quero ser. Então não tenho tempo a perder - nem um segundo - com coisas de segundo plano, coisas pessoais, coisas q não sirvam pra alavancar. Mas, por hora, as vezes, e vcs sabem que acontece - quero tudo pra ontem, quando as coisas (trabalho) são pra amanhã, é difícil segurar a minha ansiedade, aí, já viu, falo. Oh língua. Gente, eu tô com medo e com muita, mas muita raiva de mim, acho que mas medo do que raiva, (tinha acabado de abolir o medo) pq, sinceramente, ainda não falei tanto a ponto de me prejudicar, sei lá, nem sei mais o que eu estou escrevendo, vcs ainda tão aí lendo isso, pára nê,
Ah, cansei,
bjos,

sábado, julho 22, 2006

Tô morrendo de sono e de preocupação - as vezes sinto - sempre sinto, q não faço o suficiente, que não basta, queria ser mil e uma ao mesmo tempo. Acho horrrível essa coisa da gente se cansar, da gente ser de carne, da gente sentir dor, raiva, preguiça, e não é pra falar, mas eu tô com uma preguiça ultimamente, q fala sério, parece que nem parece que sou eu. "OH, trem triste".
Mas (...), amanhã escrevo mais, vou pra casa dormir, internet aqui é muito caro, caríssimo.

Ginástica já

Gente, a praia tava divina, mas com certeza cheguei a conclusão que as mulheres precisam fazer ginastica, falo de mim mesma. Q confusão, nem o biquini melancia nem o sol disfarçam os tais e malditos furinhos, aqui perto da minha casa tem um monte de academia, o dificil é a preguiça.

sexta-feira, julho 21, 2006

Estou feliz e não quero pensar - comprei um biquini cor de melancia e vou é pra praia.

Talvez eu ainda não saiba, nem sequer prescinta, mas o fato é que o meu conceito de liberdade está mudando a mercê das coisas que vejo. E o mais engraçado é que o que acredita sr liberdade ensinado pelos meus pais, algo utópico, por vezes ineficaz, ainda paira como um fantasma. Porém, ainda que achem que eu também achava que a liberdade era acesso, já - de duas horas pra cá - não creio mas nesta idéia. Liberdade acesso, um simples consolo para a ineficiência de um estado. Não sei - penso em passar a vida procurando, mas as vezes dá até preguiça - a tão sonnhada e melindrada liberdade. O fato é que ainda considero que - apesar de eu a amar completamente - que liberdade não casa com felicida. Acho improvável uma pessoa ser feliz e livre ao mesmo tempo, quase uma heresia. O não sei que existente nos toques mais suaves da tristeza - é claro, tristeza psicológica, pensada, digerida, mastigada - me dá uma incrível sensação de liberdade, mas me tolhe a felicidade.
E hoje estou feliz, feliz como há muitos, mas há muitos anos, não me sentia.
Parece que estou até me sentindo mal com o fato de estar tão feliz, parece que é um pecado, logo eu que nem dou tanta moral pra essa coisa de pecado ou de tabu social, mas não tô conseguindo entender de onde é que vem tanta felicidade e se - se me permitem falar - se eu a poderia estar sentido agora, é esquisito demais,
Porém o mais esquisito é que não estou abstolutamente - verdade - nem aí em buscar a causa dessa tal felicidade, não quero pensar, sinceramente não quero pensar, comprei um biquini novo - cor de melancia - e amanhã eu vou é pra praia.

quarta-feira, julho 19, 2006

Completamente apaixonada pela minha pessoa

Apesar do medo q sinto - uma espécie de inimigo a deriva, uma espécie de olhar q apavova e excita - estou completamente apaixonada pelo fato de respirar. E o engraçado? O ar poluído, o trânsito, os horários, mas a paisagem me alumbra, me alucida, porque é lindo, é complexo e louco ao mesmo tempo. Tudo parece pára-quedas e vinho, parece q tô de "porre" o dia inteiro (brincadeirinha) porque fica imprescionada com tudo q vejo, desde a praia as conversas, tão soltas, tão inesperadas, tão a mercê do que virá no instante seguinte. Estou completamente apaixonada pela minha liberdade, aqui ando e não sou absolutamente ninguém, ninguém me conhece, ninguém quer saber de nada do que fiz ou deixei de fazer, é bom demais,
Mas sinto falta de algumas coisas que ainda não sei explicar, lembro demais da minha infância, dos detalhes mais simples, dos tachos de doce, o meu fogãozinho construido pelo meu avô, de "apanhar" alface na horta, de andar na carroça de leite, é engraçado como durante anos esqueci disso tudo, já nem lembrava, deve ser porque vejo a infância das crianças daqui do Rio - algo horrível de se ver, triste, de várias tristezas, as ricas e as pobres - parece que não brincam - adoro saber que tenho dentro de mim dualidade, agora quero isso, dualidade: a metrópole e suas boas oportunidades de acesso e sua "liberdade" provisória e as lembranças do interior, é uma sensação magnífica, literalmente parece q tô caindo, caindo, caindo (...), só q não há chão.

segunda-feira, julho 17, 2006

durmo com o mar, já tive 60 noites de solidão

É um não sei que misturado com neblina, tenho andado a procura, sempre a procura que leva a uma fuga, meio que inesperada, meio que torta, meio que sem sentido. A verdade é que estou - absolutamente - sempre em fuga. O limiar da fuga é o encontro, as vezes o encontro é inevitável. Não procuro o encontro, porque o encontro é o fim da busca. Ainda que tarde, por hora, fico com as oportunidades de ver o mar. Muitas vezes nem vou ao mar, mas o fato de eu saber que ele está ali me conforta. Gosto do conforto, ainda que - por vezes - também fuja dele. Dois meses no Rio, dia 22. Marco. Já vi de tudo um pouquinho e acabei por mudar meus conceitos em relação a Goiânia, em relação a minha pessoa, em relação ao próprio Rio. Só não vi o que quero, acho que porque nem sei o que quero, se quero, quando quero, acho que o que eu quero não existe. Mas, atualmente, preço a solidão, ela é a melhor companheira de alguém de está em busca de si.

Hoje, sei lá quem sou

OI